Análise comparativa do cinema de realidade virtual
convergências e divergências com a linguagem cinematográfica e outras formas de arte
DOI:
https://doi.org/10.18472/cvt.25n1.2025.dossieXR.2237Palavras-chave:
Cinema de Realidade Virtual, Narrativas Expandidas, Montagem Espacial, Linguagem CinematográficaResumo
O artigo investiga o Cinema de Realidade Virtual (CRV) como uma forma emergente de narrativa audiovisual, destacando suas práticas e tendências desde 2015. O estudo explora as inovações na construção de narrativas em CRV, com foco nas suas especificidades. A análise teórica baseia-se nos conceitos de montagem presentes na obra A Forma do Filme, de Serguei Eisenstein, abordando as relações entre cinema com outras formas artísticas. A pesquisa inclui a participação remota em festivais internacionais, com foco em obras premiadas em CRV entre 2017 e 2022. Os resultados indicam uma diversificação das formas narrativas no CRV, com ênfase no uso de interatividade e espacialidade. A montagem tende assumir um caráter espacial e sensorial, marcada pela verticalidade e pelo uso de variações sonoras, fusões, composições e sobreposições, rompendo com a linearidade do cinema tradicional. O CRV também estabelece conexões com o teatro, a dança e experiências imersivas como escape rooms e jogos eletrônicos, ampliando a sensação de presença e agência. Além disso, o CRV estimula a exploração do ambiente, reforçando a corporeidade e o envolvimento ativo do público, com grande potencial para redefinir a experiência cinematográfica.
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