O lugar do Turismo no processo de gestão territorial e ambiental na terra indígena Mura do Careiro da Várzea-AM
DOI:
https://doi.org/10.18472/cvt.22n3.2022.2037Palavras-chave:
Povos Indígenas, Ecoturismo, Gestão territorial e Ambiental. FResumo
A Instrução Normativa 03/2015 da FUNAI é um marco importante no contexto da regulamentação do Turismo em Terras Indígenas, nela o etnoturismo e o ecoturismo aparecem como uma alternativa de renda sustentável, se respeitadas as especificidades dos diferentes territórios. Neste artigo propôs-se analisar o processo de elaboração de um projeto de ecoturismo conduzido pelo Povo Indígena Mura do Careiro da Várzea-Am, por meio da sua Organização formal, a Organização de Lideranças Indígenas Mura do Careiro da Várzea (OLIMCV), a partir de 2019. Objetivou-se, ainda, evidenciar as motivações do referido povo para desenvolver um projeto de turismo nos seus territórios; identificar os agentes sociais (indígenas e não indígenas) envolvidos na elaboração e as articulações políticos culturais em torno dessa construção. Utilizou-se a Teoria Ator Rede de Latour (2012) nas análises dos dados; fazendo-se uso de pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Com a pesquisa constatou-se que os conflitos territoriais e sociais com os não indígenas foram as principais motivações. Dentre alguns desafios enfrentados pelo povo estão, conter o desmatamento, o turismo ilegal, as tentativas de legalização de atividade de mineração dentro do território, as invasões de fazendeiros, dentre outros. Esses fatores mobilizaram o referido povo a buscar estratégias visando a proteção dos seus territórios, sendo a elaboração de um projeto de Ecoturismo Comunitário uma delas, por a conceberem uma alternativa sustentável.
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