Patrimônio, Religião e Identidades na cidade de Goiás

Autores

  • Fernando Martins dos Santos Universidade Federal de Goiás (UFG)
  • Yussef Daibert Salomão de Campos Universidade Federal de Goiás (UFG)

DOI:

https://doi.org/10.18472/cvt.21n2.2021.1947

Palavras-chave:

Patrimônio religioso, Cidade de Goiás, identidade, SPHAN.

Resumo

A Cidade de Goiás, fundada em 1727, foi capital do Estado por mais de 200 anos. Durante toda a história – e, em especial, no processo de sua patrimonialização –, sua relação com a religião católica esteve presente, e, já no século XVII, foram construídas oito igrejas. Eram nelas que os vilaboenses tinham contato com a arte, principalmente, a partir do século XIX, com as obras de Veiga Valle. A possibilidade de transferência da Capital sempre foi um assunto recorrente pelos governantes, fato que acabou ocorrendo em 1937. Com receio de que a cidade desaparecesse, os vilaboenses apegaram-se ao que mais se orgulhavam: sua história, criando a narrativa da cidade de Goiás ser o berço da cultura goiana. Para isso, usaram o tombamento da cidade, fato que iria afirmar a identidade vilaboense como berço cultural goiano. Dessa maneira, o destaque foi para suas igrejas coloniais e arte sacra, que foram os primeiros bens tombados na cidade.

Biografia do Autor

Fernando Martins dos Santos, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Doutorando em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG, na linha de pesquisa Fronteiras, Interculturalidades e Ensino de História. Possui Mestrado em Ciências Sociais e Humanidades pela Universidade Estadual de Goiás (2018) - UEG. Bacharel e Licenciado em História pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2006). Professor de História e História da Arte nas redes ensino particular em Goiânia. Seus estudos se concentram na arte goiana do século XIX com ênfase na arte de Veiga Valle. Atualmente estuda a recepção das obras de Veiga Valle no processo da Cidade de Goiás como Patrimônio Histórico e Cultural Mundial. . Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil e História da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: Veiga Valle, arte sacra, tradição vilaboense, patrimônio e estética da recepção.

Yussef Daibert Salomão de Campos, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Professor Adjunto da Faculdade de História e permanente dos Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós-graduação ProfHistória - Universidade Federal de Goiás. Doutor em História (Universidade Federal de Juiz de Fora); Mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Pelotas-RS. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora; Especialista em Gestão do Patrimônio Cultural (Granbery e PERMEAR, Juiz de Fora-MG). Pesquisa o patrimônio cultural a partir da relação entre História, Memória e Identidade, além de suas nuances jurídicas. Durante o mestrado participou, como bolsista CAPES, do projeto Perspectivas Teóricas sobre el Patrimonio Material e Inmaterial en Sudamerica (Brasil y Argentina), do Programa de Cooperación Internacional Asociado para el Fortalecimiento de la Posgrado, Brasil / Argentina (CAFP/BA), que resultou da cooperação acadêmica entre os programas de pós-graduação em Economia Política de la Cultura, Estudios sobre Producciones Culturales y Patrimonio de la Facultad de Filosofia y Letras (ICA/FFyL), de la Universidad de Buenos Aires (UBA), e em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas/Brasil. É membro do ICOMOS-Brasil (International Council of Monuments and Sites). Colaborou, como co-organizador e autor, nas edições 35 e 36 da Revista do Patrimônio, em comemoração aos 80 anos do IPHAN. É membro do ICOMOS e do IBDCult e líder do grupo de pesquisa CNPq LUPA - Lugares e Patrimônios.

Downloads

Publicado

31.08.2021

Como Citar

Santos, F. M. dos, & Campos, Y. D. S. de. (2021). Patrimônio, Religião e Identidades na cidade de Goiás. Caderno Virtual De Turismo, 21(2), 101–112. https://doi.org/10.18472/cvt.21n2.2021.1947

Edição

Seção

Dossiê temático