Ressignificação de expressões culturais de etnicidade para a constituição de um destino de lazer e de turismo na cidade de São Paulo

Sênia Regina Bastos

Resumo


Fundamentado nos referentes materiais e imateriais associados à imigração, o território no qual se encontram instituições culturais e religiosas, estabelecimentos comerciais e manifestações culturais de distintas etnias que ali se fixaram ao longo do tempo, foi objeto de um programa de orientalização instituído em 1974, e que perpetua desde então no bairro da Liberdade, localizado na cidade de São Paulo/SP. De natureza qualitativa com relação ao objetivo, o artigo centra-se na ressignificação do espaço e de expressões culturais de etnicidade. Propõe-se a historicizar o processo de adequação do bairro para o lazer e o turismo por meio de ajustes de representação das etnicidades e de sua paisagem cultural. Problematiza os ocultamentos e apagamentos desencadeados por esse processo, a partir de pesquisa bibliográfica, documental e de campo, construída por meio da observação, realização de entrevistas e registros fotográficos. Constata-se a longevidade do programa protagonizado pelos japoneses, apesar da vitalidade econômica chinesa, e a reivindicação de narrativa do movimento negro, fortalecida com a aprovação da lei de criação do Memorial dos Aflitos.

 

*O artigo apresenta resultados parciais do Projeto de Pesquisa Turismo e Legado Étnico, Projeto Universal CNPq  n. 431942/2016-1


Palavras-chave


Patrimônio Cultural; Legado étnico; Turismo; Memória; Liberdade/São Paulo/SP.

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DOI: http://dx.doi.org/10.18472/cvt.20n2.2020.1850



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