Desafios da autonomia e empoderamento comunitário na gestão da Pousada Uacari RDS Mamirauá (AM)

Autores

  • Juliana Maria de Barros-Freire Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Diadema, SP
  • Andrea Rabinovici Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Diadema, SP
  • Zysman Neiman Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Diadema, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.18472/cvt.19n2.2019.1515

Palavras-chave:

Turismo de Base Comunitária. Comunidades Tradicionais. Sustentabilidade na Amazônia, Arranjos Produtivos, ONGs.

Resumo

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) vem, desde 2006, conduzindo um processo de transferência da propriedade e gestão da Pousada Flutuante Uacari para as comunidades locais, de modo que recebam o empreendimento e possam gerenciar e conduzir o negócio. Para isso, precisa encontrar um modelo jurídico/gerencial que fortaleça o arranjo social, respeite a cadeia produtiva, e atenda ao grau de envolvimento que os comunitários têm com o projeto. Neste estudo, investigou-se os relacionamentos sociais e a percepção de comunitários sobre o negócio para subsidiar as decisões relativas ao modelo que adotarão. Realizou-se: 1) Observação Participante in loco; 2) Rodas de Conversa; 3) Entrevistas Semiestruturadas; 4) Análise de Conteúdo dos depoimentos. Os resultados evidenciaram quatro grupos principais de opiniões sobre a transferência (comunitários contrários e favoráveis, membros do IDSM contrários e favoráveis), sendo que os motivos variam entre: medo de o negócio fracassar por falta de capacitação dos comunitários; e desejo de manter o IDSM como parceiro na gestão. Os resultados serviram de base para a decisão final tomada pela comunidade.

Palavras-Chave: Turismo de Base Comunitaria; Comunidades Tradicionales; Sostenibilidad en la Amazonia; Arreglos Productivos; ONGs.

Biografia do Autor

Juliana Maria de Barros-Freire, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Diadema, SP

É Mestre em Ciências com ênfase em Análise Ambiental Integrada pela Universidade Federal de São Paulo. Possui graduação em Direito pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (1996). Atualmente é sócia administradora da Barros Freire Advogados. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Civil e do Consumidor. Desenvolve projetos na área do Direito Ambiental, prestando consultoria jurídica com a finalidade de minimizar riscos de passivos ambientais e assessorando empresas que pretendam alinhar suas políticas ao tema da sustentabilidade, tanto no âmbito econômico, social e do meio ambiente. É sócia administradora da empresa Cikla Desenvolvimento e Conteúdo em Sustentabilidade Ltda. É Empreendedora Cívica da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), onde presta consultoria na elaboração de projetos de políticas públicas alinhadas a essa temática. Foi colaboradora do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá na elaboração de projetos em comunidades na Amazônia. Tem interesse nos seguintes temas: Políticas Públicas, Sustentabilidade, Direito e Educação Ambiental.

Andrea Rabinovici, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Diadema, SP

É bacharel e licenciada em Ciências Sociais (IFCH-UNICAMP, 1992 e 1994), especialista em Turismo Ambiental (SENAC-SP, 1998), mestre em Ciência Ambiental (PROCAM- USP, 2002) e doutora em Ambiente e Sociedade (NEPAM - UNICAMP, 2009). Atualmente ocupa cargo de chefe de Gabinete da Reitoria da Unifesp. Ocupou cargo de Pró-Reitora de Assuntos Estudantis entre fevereiro de 2013 à julho de 2017. É professora Associada da Universidade Federal de São Paulo, campus Diadema, no Departamento de Ciências Ambientais, na Área de Ética, Ambiente e Sociedade e também é docente do Mestrado Acadêmico em Análise Ambiental Integrada Foi docente da UFSCAR, Sorocaba com a qual mantém vínculo como professora e orientadora no Mestrado Profissional em Sustentabilidade em Gestão Ambiental (PROSGAM). É também docente colaboradora do Mestrado Profissional em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável da Escola Superior de Conservação Ambiental Sustentabilidade (ESCAS), ministrando cursos e participando dos comitês de orientação. Lecionou em várias instituições de ensino superior particulares entre 2001-2007. Atuou voluntariamente como Diretora de Projetos do Instituto Physis Cultura & Ambiente até 2010. É avaliadora de cursos superiores pelo INEP/MEC. Foi co-editora executiva da Revista Ambiente e Sociedade. É revisora e parecerista do periódico Revista Brasileira de Ecoturismo, da Revista Ambiente e Sociedade, da revista Turismo em Análise, Revista Brasileira de Educação Ambiental, do Caderno de Ciências Sociais e da Revista Rosa dos Ventos. Atua na interface das áreas de ciências sociais (antropologia), meio ambiente e turismo, com temas variados tais como ambientalismo, Organizações Não Governamentais, processos participativos, populações tradicionais, turismo de base comunitária, quilombolas, áreas protegidas, inclusão social, ética e meio ambiente e educação ambiental. 

Zysman Neiman, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Diadema, SP, Brasil

Doutor em Psicologia (Psicologia Experimental com pesquisa em Educação Ambiental) (2007), passagem pelo programa de doutorado em Ciência Ambiental (2000-2004), mestre em Psicologia (Psicologia Experimental, com ênfase em Ecologia Comportamental) (1991), Licenciado em Ciências (1986), Licenciado em Biologia (1986), e Bacharel em Ciências Biológicas (1986), todos pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é Pesquisador e Professor Associado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde foi coordenador (2014-2016) e atua como professor no curso de Bacharelado em Ciências Ambientais. É pesquisador e professor do Programa de Pós-Graduação em Análise Ambiental Integrada - PPGAAI, e do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática - PECMA, ambos no campus Diadema da Unifesp. É líder da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS). É Editor Chefe da Revista Brasileira de Ecoturismo (Qualis B1), e da Revista Brasileira de Educação Ambiental (Qualis B2). Integrada e no Curso de Bacharelado em Ciências Ambientais.

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Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

Artigos originais