Povos tradicionais, áreas protegidas, turismo e políticas públicas: o papel emergente da academia
DOI:
https://doi.org/10.18472/cvt.18n3.2018.1524Palavras-chave:
Áreas protegidas. Comunidades tradicionais. Turismo. Mudança cultural. Políticas públicas. Academia.Resumo
Este artigo descreve o processo de mudança cultural de uma comunidade tradicional brasileira, os Caiçaras de Martin de Sá, desde o estabelecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação e o início da chegada de turistas (2000 a 2017). Faz isso com o intuito de analisar: (1) a conexão entre a natureza e a cultura nas políticas públicas, e (2) o diálogo entre a Academia e a gestão pública. O artigo conclui que a conexão entre natureza e cultura foi legalmente reconhecida em algumas áreas protegidas do Brasil por meio da Lei Federal nº 9.985/2000. Apesar disso, diversos interesses econômicos, como o agronegócio por exemplo, ainda vulnerabilizam o vínculo entre a natureza e as comunidades tradicionais. Nesse contexto, a Academia tem um importante papel na crítica de políticas públicas, podendo dar suporte aos gestores de áreas protegidas no sentido de maximizar a flexibilidade de instrumentos de políticas de nível inferior. No entanto, no Brasil, a sustentabilidade dos ambientes prístinos e de culturas tradicionais requer políticas que considerem mais amplamente o uso tradicional dos recursos naturais e que empoderem as comunidades tradicionais.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Caderno Virtual de Turismo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.