A organização da memória coletiva na defesa do território e na criação do produto turístico: um estudo sobre a Ilha Grande, RJ

Helena Catão Henriques Ferreira

Resumo


Na atualidade, observa-se um intenso movimento de recuperação de memórias coletivas, buscando-se a promoção de identidades culturais e a conquista ou garantia de direitos de populações locais em relação a seu território nativo, bem como a constituição de produtos turístico-culturais. Por abrigar trechos importantes de Mata Atlântica, sítios arqueológicos e ruínas, desde a década de 1970 a Ilha Grande passou a ser abrangida por diversos tipos de áreas protegidas. A população nativa, que vivia da pequena agricultura e da pesca artesanal, modificou seus costumes, pois seu território foi transformado em lugar estratégico para a conservação da natureza. O turismo, hoje a principal atividade econômica local, complementou essa mudança. Este artigo se baseia em pesquisa de campo qualitativa, de base etnográfica, a partir da participação em reuniões locais, observação direta e entrevistas aprofundadas. Visa refletir sobre o processo de reconstrução do passado nos dias atuais, enfocando a defesa de direitos e a inserção na produção do turismo.

Palavras-chave


Turismo, unidades de conservação, memória coletiva, território.

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