A festa das turmas de fantasia como patrimônio territorial

Jorge Luiz Barbosa, Monique Bezerra da Silva

Resumo


Apesar dos estigmas de violência que ainda marcam a tradição das turmas de fantasia, essa importante manifestação obteve o singelo reconhecimento da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro ao declará-las Patrimônio Cultural Carioca. Porém, como relatam as próprias lideranças das turmas, o decreto pouco representou no sentido de proporcionar melhores condições para o fazer e o exibir de suas artes carnavalescas. Isso significa que titulações honrosas não necessariamente impulsionam políticas públicas que contribuam, de fato, para efetivar patrimônios culturais em seu sentido mais pleno.  Desse modo, o presente artigo tem por finalidade contribuir com a construção de uma reflexão crítica sobre os limites e as possibilidades de tratamento de festas populares como patrimônios da cultura, exemplificadas nas turmas de fantasia das periferias e subúrbios cariocas. O recurso principal da análise da questão proposta será o conceito de território patrimonial, aqui concebido como uma marcação corpóreo-simbólica dos saberes e fazeres de sujeitos brincantes da cultura.


Palavras-chave


Carnaval; Patrimônio Territorial; Festa

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DOI: http://dx.doi.org/10.18472/cvt.20n3.2020.1830



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