A reprodução capitalista do espaço por meio da concessão de serviços e as implicações no lazer dos visitantes no Parque Nacional da Tijuca –RJ

Eloise Silveira Botelho, Gláucio Glei Maciel

Resumo


Este artigo analisa as implicações da concessão de serviços de apoio à visitação do Complexo Paineiras no uso da área de lazer Floresta das Paineiras (Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro). É resultante de uma pesquisa de caráter exploratório, que tem como método a análise teórica sobre a reprodução capitalista em áreas protegidas do espaço urbano e, como base para a análise empírica, os resultados de pesquisa conduzida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com os frequentadores da Floresta das Paineiras. Aponta que a implantação do Complexo Paineiras reflete a lógica de reprodução capitalista do espaço que vigora no Rio de Janeiro, motivado, sobretudo, pelos megaeventos. Apesar do estudo do perfil dos visitantes da área de lazer indicar que existe interesse nos serviços oferecidos pela concessionária, o artigo avalia que o processo de transformação do espaço resultante da concessão tende a atribuir um valor de uso ao patrimônio natural (representado pela paisagem natural) e históricocultural (edificação histórica). O artigo defende que o processo pode significar a perda da função pública e social do Parque Nacional como espaço de lazer e de cultura, na medida em que o processo de reprodução capitalista tende a atender às necessidades de uma cidade que se globaliza. 


Palavras-chave


Concessão de serviços; Visitação; Reprodução capitalista; Espaço urbano; Parque Nacional da Tijuca (RJ).

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DOI: http://dx.doi.org/10.18472/cvt.18n3.2018.1554



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