Ser mochileiro: uma constituição social e pessoal do “mochilar”

Denise Falcão

Resumo


Este artigo discute e apresenta a representação social e pessoal do ser mochileiro contemporâneo, aproximando a construção histórica-social-acadêmica e a óptica dos sujeitos mochileiros, a partir dos múltiplos olhares acerca dos viajantes e do ato de viajar. Partindo da aproximação/diferenciação entre turistas e viajantes, e da mudança do foco econômico das viagens para o aspecto relacional, essa investigação adentra o universo subjetivo dos mochileiros desvelando sua constituição identitária. Essa intrínseca relação sujeito-ação, viajante-viagem, que desloca o sujeito a um tempo/espaço descontínuos e provoca, pela vivência da alteridade, um duplo estranhamento no ser e estar diferente de si mesmo e do outro, faz com que a “mochilagem”, para além de uma forma alternativa de viagem, seja uma experiência de vida e represente um jeito de ser e estar no mundo: o ser mochileiro. Para alcançar os sentidos e significados dessa experiência humana, utilizou-se a abordagem qualitativa com múltiplos métodos de pesquisa: Pesquisa bibliográfica; Pesquisa de campo com observação de campo; Entrevistas semiestruturadas; Amostragem pelo método bola de neve e análise de dados.


Palavras-chave


Mochileiros; Turismo; Alteridade

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DOI: http://dx.doi.org/10.18472/cvt.16n3.2016.1066